A produção de morangos semi-hidropônicos permite menos contaminação e as plantas podem ser colhidas por mais tempo do que o cultivo só na terra. E, com esta modalidade, produtores em Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Espírito Santo, conseguem ter plantações do fruto até mesmo na cidade, transformando as plantações em atração turística.
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) estima que sejam produzidas dez mil toneladas de morango em cerca de 300 hectares no estado, plantados essencialmente na Região Serrana.
Nos últimos dois anos, o produtor rural Antônio de Fraga Ribeiro e o filho resolveram apostar no morango na propriedade que fica à 1,2 mil metros de altitude. A fruta tem bom valor comercial e é bem adaptada ao clima ameno da região.
Já experientes no cultivo de hortaliças no sistema hidropônico, os dois apostaram em um sistema híbrido para plantar os pés de morango: um sistema semi-hidropônico.
A primeira experiência foi em uma estufa de 500 metros quadrados, preparadas com calhas similares as usadas no cultivo de hortaliças.
Pai e filho encontraram uma forma de reduzir os custos da produção utilizando uma estufa do mesmo tamanho e passaram a fazer o plantio em sacos de substrato chamados “slabs”. Por dentro do saco, passa uma mangueira que faz a irrigação das plantas.
O mecanismo deu certo e Antônio contou que já colheu 40 quilos de morango de uma só vez.
“É só a gente tratar eles com carinho que eles crescem e dá o resultado. Nós já fizemos mais, mas praticamente mudamos a pouco tempo, porque a muda vai ficando velha e produz um morango inferior. E aí ele volta a produzir morango de primeira, de qualidade, e dá um bom preço”, comentou Antônio.