Atualizado em 27/06/2025 – 17:44
O Espírito Santo registrou um novo recorde nas exportações de ovos nos primeiros cinco meses de 2025. De janeiro a maio, o Estado comercializou US$ 3.607.142 em ovos, com um volume total embarcado de 1,6 mil toneladas. O resultado já supera todos os acumulados anteriores da série histórica. Esse aumento tem sido atribuído ao cenário internacional ligado à crise da gripe aviária.
Os dados foram divulgados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
Neste ano, os ovos capixabas chegaram a 25 destinos internacionais, com destaque para os Estados Unidos, que assumiram, pela primeira vez, a liderança no ranking de importadores do produto. De acordo com a Seag, o país foi responsável por mais de 97% tanto do valor quanto do volume exportado: foram US$ 3.508.537 e 1.573.875 kg destinados aos Estados Unidos. Na sequência, aparecem o Panamá (US$ 16.056 e 6.337 kg) e as Ilhas Marshall (US$ 14.812 e 5.841 kg), que seguem como mercados frequentes na pauta de exportações do Espírito Santo.
Em comparação com o mesmo período de 2024, o desempenho representa um salto de 682% em valor e 370% em volume. No ano passado, entre janeiro e maio, foram exportadas 343 toneladas, totalizando US$ 461 mil.
O desempenho estadual supera o crescimento da média nacional. No Brasil, o acumulado do mesmo período foi de 26,1 mil toneladas exportadas, gerando US$ 86,1 milhões — um aumento de 35,7% em volume e 25,4% em valor frente a 2024.
O aumento da demanda internacional tem sido atribuído à crise sanitária causada pela gripe aviária (H5N1), especialmente nos Estados Unidos. Os surtos da doença resultaram no abate de grandes quantidades de aves, provocando escassez de ovos no mercado norte-americano e estimulando a busca por fornecedores internacionais.
A partir de fevereiro, os Estados Unidos passaram a importar ovos do Brasil também para consumo humano direto, e não apenas para uso industrial, o que contribuiu para a ampliação dos volumes exportados. Fatores como a qualidade sanitária da produção, a logística e a adaptação às exigências do comércio exterior também influenciaram o desempenho das exportações capixabas.
A Secretaria da Agricultura do Espírito Santo e representantes do setor destacam que os resultados também refletem investimentos anteriores em qualidade, sanidade e estratégias de inserção no mercado internacional. A mudança no perfil da demanda dos Estados Unidos é vista como uma oportunidade para expandir a presença capixaba nesse segmento. Segundo a Associação dos Avicultores do Estado, a expectativa é de que os volumes se mantenham aquecidos ao longo do ano.
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