Atualizado em 14/01/2025 – 13:47
Trinta e uma pessoas foram presas, em 2024, envolvidas em casos de violência contra crianças e adolescentes no Espírito Santo. O dado faz parte do balanço divulgado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), nesta terça-feira (14).
Além das prisões, foram relatados 910 Inquéritos Policiais, instaurados 1.941 e cumpridos 31 mandados de busca e apreensão. Durante o ano, foram realizadas 132 operações policiais, com 117 representações por prisão e a apreensão de provas essenciais para a elucidação de diversos crimes.
Casos de repercussão
Entre as prisões, algumas se destacaram pela gravidade e repercussão dos casos. Um exemplo foi a prisão de uma técnica de enfermagem investigada por torturar um bebê de dois meses, com base em imagens de videomonitoramento que comprovaram os atos.
Outro caso envolveu a prisão de uma babá investigada por abusar de uma criança de três anos e gravar os atos, enviando os vídeos ao namorado. Ambos foram presos em Vila Velha. Em outro episódio, um padrasto foi preso por agredir um bebê de um ano e quatro meses, deixando-o em estado grave no bairro Nova Almeida, na Serra. A mãe da criança também foi indiciada por omissão.
Além disso, houve a prisão de uma mulher investigada por permitir que sua filha fosse abusada sexualmente pelo padrasto e por agredir a vítima. A suspeita foi presa em Vila Velha, enquanto o padrasto segue foragido.
Atendimento psicossocial
Além das atividades investigativas, a DPCA manteve o compromisso de oferecer atendimento psicossocial humanizado às vítimas de violência, em articulação com a Rede de Proteção, reforçando a importância do acolhimento que prioriza a dignidade e o bem-estar de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade.
Em outubro, a delegacia realizou uma campanha para tornar o ambiente mais acolhedor às crianças atendidas. As salas foram decoradas com balões e enfeites coloridos, e sacolas-surpresa recheadas de doces foram distribuídas, criando um espaço lúdico e de acolhimento.
O Setor Psicossocial da DPCA, composto de três psicólogas e duas assistentes sociais, realizou 346 acolhimentos de vítimas ou testemunhas de violência, 255 encaminhamentos para acompanhamento para a rede de proteção e 427 relatórios de atendimento psicossocial.
A DPCA está localizada na Rua Lisandro Nicoletti, s/n, no bairro Jucutuquara, em Vitória, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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