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5 anos da Covid-19: ainda é preciso se vacinar? Entenda

Atualizado em 11/03/2025 – 17:20

O dia 11 de março é marcado com a data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o início da pandemia de Covid-19, há exatos cinco anos. Após centenas de milhares de mortes no Brasil, a doença foi controlada com o auxílio da vacinação, mas ainda continua circulando entre a população. Com base nisso, o VIXFeed procurou saber: é preciso continuar se vacinando? Há risco de um novo contágio em massa? Quem tomou as doses no ano inicial da vacinação tem chance de contrair a versão mais grave do novo Coronavírus? É isso que vamos te explicar.

Sobre precisar continuar se vacinando, a resposta é: depende! Isso porque deve-se levar em consideração qual grupo você se encaixa.

Quem deve se vacinar

Bebês e crianças de até cinco anos devem ser vacinadas. Além disso, para idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e ainda para alguns grupos específicos que são vistos como prioritários também é recomendada a imunização.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Danielle Grillo, explicou que crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade estão incluídas no Calendário Nacional de Vacinação.

“No calendário de rotina, crianças de seis meses a menores de cinco, devem ser vacinadas. Os pequenos, se tomarem da Pfizer, são três doses: aos 6, 7 e 9 meses. Já se for da Moderna, o esquema é de duas doses no 6º e no 7º mês. Mas se a criança já for maior um pouquinho, até cinco anos, e nunca tiver se vacinado, é feito nesse esquema também”, explicou.

Além disso, idosos acima de 60 anos devem se vacinar a cada seis meses. Já as grávidas devem ser imunizadas a cada gestação, garantido a própria proteção e a do bebê.

No caso dos grupos prioritários, encaixam-se :

  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI), e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 5 anos de idade;
  • Indígenas (a partir de 5 anos de idade);
  • Ribeirinhos (a partir de 5 anos de idade);
  • Quilombolas (a partir de 5 anos de idade);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 5 anos de idade);
  • Pessoas com comorbidades (a partir de 5 anos de idade);
  • Pessoas privadas de liberdade (≥ 18 anos);
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
  • Pessoas em situação de rua.

Essas fatias da populações têm indicação de dose anual, ou a cada seis meses.

E quem não está nesses grupos?

De acordo com orientação do Ministério da Saúde, pessoas de 5 anos de idade ou mais, que não pertencem aos grupos prioritários e já possuem esquema primário (duas doses), não precisam receber doses de reforço. Em resumo: não precisam mais se vacinar.

A coordenadora Danielle Grillo explicou que essa é a orientação atual, mas que não há garantias de que será sempre assim.

“Hoje não temos mais recomendação de vacinação para a população em geral. Mas isso tudo é baseado em evidências científicas. No auge da pandemia, tínhamos uma população completamente desprotegida, que nunca teve contato com a doença, então foi realizada uma vacinação em massa, que conteve as formas mais graves e os óbitos. Hoje, a doença ainda permanece, mas temos uma grande parte da população vacinada ou que adquiriu a doença na pandemia, então temos uma população imunizada. Continuamos recomendando a imunização para pessoas dos grupos prioritários para reduzir as chances de casos graves. Além disso, estamos atentos, pois tudo pode mudar se percebermos que a Covid mudou de comportamento”, explicou.

Mas se a pessoa dessa faixa etária nunca tiver se imunizado contra a Covid-19 e quiser, pode procurar um posto de saúde a qualquer tempo.

Em caso de viagem, devem ser verificadas as exigências do país de destino. Caso o país exija esquema vacinal, e pessoas sem nenhuma dose, poderá receber o esquema de até duas doses.

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